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  • Foto do escritor: Thamires Santos
    Thamires Santos
  • 21 de ago. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 24 de ago. de 2023

Sobre a Fita de Moebius

“aqueles que têm os olhos bem abertos veem que a palavra verdadeira esta lá” (Lacan,1954)




Lacan ao longo do seu ensino recorre à topologia, estudo do espaço e suas propriedades, e faz uso da Fita de Moebius como recurso metafórico para interpretar a estrutura do aparelho psíquico. Esta fita consiste numa estrutura torcida e não orientável, onde se vê que frente e verso, direito e avesso, - tomados numa medida espacial - são a continuação um do outro, circulando, assim, em uma única face. Representa um caminho, sem começo e sem fim, onde é possível percorrer toda a superfície da fita sem sair do mesmo plano. Ao usar dessa estrutura como metáfora do aparelho psíquico, o que se observa é que consciente e inconsciente, não estão separados como estariam os lados internos e externos de uma figura tridimensional. É possível percorrer toda a superfície da fita sem um estar um lado dentro e um fora. Com discurso de sujeito na sua própria análise não seria diferente. O analisando em sua fala, desliza do inconsciente a consciência. Em A verdade surge da equivocação Lacan(1954) questiona “O que está nas adegas será mais verdadeiro do que o que está no celeiro?”. Ou seja, não é preciso sair da própria fala do sujeito para acessar o inconsciente de cada um, uma vez que ao falar livremente a verdade do sujeito circula pelo discurso. É com o uso dessa metáfora que Lacan rompe com a tradição filosófica ocidental desde Platão até Hegel, uma vez que estabelece a possibilidade de apreender o psiquismo para além da lógica clássica dicotomia corpo e mente.

 
 
 

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